sexta-feira, 23 de abril de 2010

VIDA!


Agora sei. Sei que o tempo me ensinou muito. Sei que os erros que eu cometi jamais deveriam ter sido cometidos. Sei quais foram os rumos mal tomados e o respeito indispensável. Sei que para além do pão, o trabalho é também indispensável. E para além do trabalho, a acção. E se tudo isto faltar, há que ir buscar ao nosso interior a força para vencer e a chave para encontrar a saída. Ao longo do tempo, aprendi também que a vida não é um jogo. Não existem vencidos nem vencedores. Todos levam prémio, mas os prémios dependem da ingenuidade da competividade e da meta. Contudo, tudo é moldável e se a meta for alta demais, há que reduzi-la. Se discordarmos das regras, há que moldá-las. Há que inventar o nosso próprio jogo, mas nunca nos demitamos! Há que fazer o necessário para ser feliz e nunca esquecer que a nossa felicidade é um sentimento simples e que nós podemos encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber a sua simplicidade. Quem também constitui a nossa felicidade são as pessoas que passam na nossa vida, pois cada uma passa sozinha e todo o ser é único e insubstituível. Aliás, acho que nada é insubstituível, nada é impossível, nada é interminável, nada é infinito, nada é inesquecível. Mas se nós substituirmos alguém, tornarmos as coisas possíveis, terminarmos com elas, fazê-las durar pouco e esquecermos tudo, a nossa vida tornar-se-á cada vez mais pobre, cada vez mais vazia. Cada pessoa que passa em nós é única, porque não nos deixa sozinhos. Deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. É esta a prova que as pessoas não são encontradas por acaso. É este o meu testemunho. É esta a prova da minha vida. A prova da minha existência.

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